sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Transcatarina 2017 - Dia 3 Rio Negrinho/Itajaí

A prova

Sábado foi o dia de completar o percurso da serra até o mar e o Diretor de Prova, Deco Muniz, durante o briefing prometeu que seria um final de prova surpreendente e exigente. E ele cumpriu a promessa! Foram 140 páginas de planilhas, com 701 trechos e 1.383 tulipas carregados de adrenalina.

A primeira etapa do dia (P7) teve um deslocamento de 22 km em 40 minutos que nos levou de Rio Negrinho até ao Autódromo Municipal Lourenço Schreiner, em São Bento do Sul, onde tivemos 8,5 km de trechos de regularidade com navegação intensa. Para se ter uma idéia, somente no autódromo, foram 234 tulipas em 20 minutos, ou seja, em média uma nova tulipa a cada 5 segundos. Em seguida, um deslocamento de 10 minutos até o parque Expoama para mais 6 km de regularidade no mesmo estilo. A etapa terminou com uma sequencia de 99 km de deslocamentos até o Posto Sinuelo, nas margens da BR-101 no município de Araquari, onde ocorreu um neutro de 20 minutos.

Foto: Victor Eleutério
A P8 e a P9 foram realizadas na famosa Mineração Veiga, terreno com muitas trilhas em piso de areia e "facões" desafiadores, especialmente para a turma da Turismo que passou por último. A P8 teve 20 km de navegação em 55 minutos seguida por um neutro de 10 minutos. A P9 teve 18,5 km de navegação em 50 minutos e o deslocamento final de 62 km até o Centreventos, em Itajaí, onde ocorreu a belíssima festa de encerramento.

Os resultados da turma do Centro Oeste mostraram, na Master, Olair/Miro em 12º (12º/10º/9º). Na Graduados, Alexandre/Marcelo em 5º (6º/1º/NC), Márcio/Bulita em 9º (15º/10º/3°), Guerra/Márcia em 12º (18º/12º/7º), Bush/Marcos em 20º (12º/18º/17º) e Lindão/Gustavo em 24º (19º/NC/NC). Na Turismo, Adinirso/Guilherme brilharam em 1º (2º/2º/7º), Raul/Débora em 15º (22º/13º/11º), Fernando/Géssica em 17º (10º/15º/18º) e Rafael/Gabriel em 19º (NC/24º/15º).  Foi muito legal ver nossa galera no pódio duas vezes. 

Os vencedores foram Paulo Goes/Jhonatan Ardigo na Master (2º/1º/3º), Marcelo Prevideli/Rafael Pinto na Graduados (11º/1º/7º). Com um desempenho espetacular nossos amigos Adinirso/Guilherme Siqueira foram os campeões do dia na Turismo (2º/2º/7º) e nós ficamos muito felizes.

No ranking acumulado para a definição dos campeões da nona edição do Rally Transcatarina há o descarte dos dois piores resultados. Assim, na Master, Marnes/Cristian mantiveram a 1ª posição, enquanto Olair/Miro subiram para a 13ª. Na Graduados, Francklin Pscheidt/Fernando Torquato assumiram a 1ª posição, Alexandre/Marcelo subiram para a 10ª, Guerra/Márcia para a 13ª, Márcio/Bulita para a 15ª, Bush/Marcos para a 24ª e Lindão/Gustavo caíram para a 26ª. Na Turismo Lenoir/Michael mantiveram a 1ª posição, Adinirso/Guilherme subiram para a 7ª, Raul/Débora mantiveram a 18ª, Rafael/Gabriel caíram para a 25ª e Fernando/Géssica subiram para a 23ª. Muito além da classificação contudo foi o grande aprendizado que trouxemos de Santa Catarina.

Nosso desempenho

Se fôssemos calcular a média de erros cometidos por tempo de navegação realizado, o trecho no Autódromo de São Bento do Sul seria o nosso recorde negativo. Demoramos mais de 29 minutos para cumprir um percurso estabelecido para ser realizado em 20 minutos. Foi tão fora do normal que quando acabou a etapa nossa vontade era de voltar lá e fazer tudo de novo. Terminamos a P7 em 22º lugar com absurdos 215.536 pontos perdidos. A dupla catarinense Osmar/Fabiano Fleischmann, venceu com 784 pp. 


Foto: Duda Barrios
Tá certo que foi um percurso com navegação dinâmica e tulipas com intervalos bem curtos, mas não era tão difícil assim. Para nosso consolo, pelo menos, tivemos paciência para nos acertar repetidas vezes e não perdemos nenhum PC. Já em casa, alguns dias depois, revendo o vídeo do trecho, eu não consegui achar uma explicação razoável para o que aconteceu conosco. Enfim, são coisas assim que fazem do rally de regularidade um esporte tão atraente e desafiador.

A prova de que estávamos um pouco estranhos naquela manhã foi não termos nos dado conta de que o tempo do neutro era insuficiente para abastecer e lanchar com tranquilidade. Saímos do Posto Sinuelo apressados, encontramos um congestionamento de carros na entrada da Mineração Veiga e largarmos para a P8 com dois minutos de atraso. Aos poucos fomos recuperando o tempo, conseguimos fazer o percurso de uma forma satisfatória, sem erros, e ficamos na 13ª colocação, com 17.840 pontos perdidos. Os vencedores, Denilson Bonfanti/Leandro Machado (SC), perderam 636 pontos.

Com a tranquilidade recuperada na etapa anterior e já conhecendo um pouco mais o comportamento do carro no piso arenoso fizemos uma boa P9, dentro de nossas expectativas e alcançamos o 11º lugar, com 6.510 pontos perdidos.  Alan Gratt/Arlom Savariz (SC) venceram com 287 pp.  Depois disso, foi só seguir para Itajái e desfrutar da festa de encerramento.



Fechando esse conjunto de postagens estamos felizes por acrescentar o Rally Transcatarina 2017 em nosso currículo e gostaríamos muitíssimo de participar da edição comemorativa de 10 anos em 2018!


Transcatarina 2017 - Dia 2 Canoinhas/Rio Negrinho



   



Transcatarina 2017 - Dia 2 Canoinhas/Rio Negrinho

A prova


O segundo dia de prova é aquele momento em que os competidores que foram bem no dia anterior querem manter as posições e os demais buscam a recuperação, ou seja, motivação em alta. As três etapas (P4, P5 e P6) totalizaram cerca de 220 km com 7h de duração e 201 PC. As planilhas acumularam 116 páginas, com 610 trechos e 1.150 tulipas.

As equipes largaram de Canoinhas em um deslocamento inicial de 2h para percorrer quase 110 km até as proximidades de Rio Negrinho onde foram realizadas as três provas em áreas de plantação de pinus e no Centro de Tradição Gaúcha - Fazenda Evaristo. As partes cronometradas da P4 e da P5 tiveram, cada uma, 22 km para percorrer em pouco mais de 1h sendo seguidas por um deslocamento e um neutro de 40 minutos. A P6 teve 35 km de regularidade em cerca de 1h30 e o deslocamento final até Rio Negrinho.  Essa configuração de prova com a parte competitiva quase integralmente dentro de fazendas fechadas nos agrada muito.



Foto: Victor Eleutério
Os resultados da nossa galera mostraram, na Master, Olair/Miro em 13º (14º/NC/12º). Na Graduados, Alexandre/Marcelo em 8º (3º/9º/16º), Guerra/Márcia em 16º (5º/16º/22º), Márcio/Bulita em 21º (12º/21º/23°), Lindão/Gustavo em 24º (20º/17º/21º) e Bush/Marcos em 25º (22º/20º/20º). Na Turismo, Raul/Débora em 10º (14º/12º/6º), Adinirso/Guilherme em 13º (24º/NC/5º), Rafael/Gabriel em 24º (21º/14º/15º) e Fernando/Géssica em 25º (28º/19º/27º).   

Os vencedores do dia foram Marnes Floriani/Cristian Mueller na Master (2º/1º/3º), Mílton Dresch/Alexandre Rech na Graduados (11º/1º/7º) e Wivalde Liebl/Adimar Mühlbauer na Turismo (6º/3º/1º). 

No ranking acumulado dos dois dias, na Master, Marnes/Cristian mantiveram a 1ª posição, enquanto Olair/Miro caíram para a 14ª. Na Graduados, Rafael Cardoso/Tiago Poisl assumiram a 1ª posição, Alexandre/Marcelo subiram para a 15ª, Guerra/Márcia caíram para a 17ª, Márcio/Bulita para a 19ª, Lindão/Gustavo para a 24ª e Bush/Marcos para a 26ª. Na Turismo Lenoir/Michael mantiveram a 1ª posição, Adinirso/Guilherme mantiveram a 11ª, Raul/Débora subiram para a 18ª, Rafael/Gabriel para a 24ª e Fernando/Géssica caíram para a 25ª.

Nosso desempenho

Nós estávamos muito serenos na manhã da sexta-feira, em Canoinhas, quando largamos para fazer a P4 e eu acredito que essa tranquilidade se refletiu no nosso desempenho. Não cometemos nenhum erro na etapa e tivemos pilotagem e navegação seguras. Entretanto, a etapa foi muito competitiva e apesar de termos perdido apenas 515 pontos em 57 PC válidos (média de 9,0) ficamos na 14ª colocação. A prova dessa concorrência forte foi que os vencedores da etapa, os catarinenses Alan Gratt/Arlom Savariz perderam 327 pontos (média de 5,7) e foram seguidos por mais seis equipes com menos de 400 pontos. Assim, ficamos muito contentes com os nossos primeiros pontinhos na competição (no Transcatarina, a cada etapa, o primeiro colocado marca 17 pontos e o 15º marca 1 ponto).

A P5 começou 10 minutos depois do final da P4 e estava seguindo praticamente no mesmo formato até que, quase ao final, surgiu um balaio com um "oito virtual" que causou um belo tumulto entre boa parte dos competidores. Nós precisamos passar três vezes pela mesma tulipa para entender o roteiro e conseguir seguir em frente, com quase dois minutos de atraso. Mesmo assim, terminamos a etapa na 12ª posição com 1.325 pp em 60 PC (média de 22,1). Desse total, 1.144 pontos foram no "oito". Os vencedores da P5 foram os catarinenses Patrick Celeski/Felipe Pachewsky com 141 pp (média de 2,4). 
Foto: Victor Eleutério

Depois do almoço, a P6 transcorreu sem nenhum incidente para nós. A curiosidade é que a organização precisou cancelar 13 PC dos 70 programados e, com os descartes, sobraram 53 PC válidos. Nós conquistamos o 6º lugar, com 475 pp (média de 9,0). Os catarinenses Wivalde  Liebl/Adimar Mühlbauer ficaram em 1º com 356 pp (média de 6,7).

Enfim, foi um dia bastante positivo para nós. O registro desagradável do dia foi o pneu furado no carro dos amigos Adinirso/Guilherme no finalzinho da P4, porém compensado pela bela reação deles na P6.

Transcatarina 2017 - Dia 1 Fraiburgo/Canoinhas

Transcatarina 2017 - Dia 3 Rio Negrinho/Itajaí


Transcatarina 2017 - O antes e o depois

A decisão de participar

Foto: Victor Eleutério
Tudo começou com o mestre Armando "Don Villas" nos contando histórias bacanas das edições anteriores. Depois veio a nossa participação no Piocerá 2017 e a gostosa experiência de integrar a equipe Cerrado Rally. E, finalmente, o convite sempre entusiasmado do Nílson para repetirmos a dose no sul do país. Assim,  no dia 30 de janeiro, começou nosso primeiro Transcatarina!
E foram muitos passos até chegar ao "prólogo" na tarde de quarta-feira,  dia 12 de julho, em Fraiburgo, cidade situada no meio-oeste catarinense, conhecida como a Terra da Maçã.

Os preparativos 

Mobilizar e organizar um grupo de pessoas de Brasília e Goiânia para disputar um rally de longa duração em Santa Catarina, a cerca de 1.700 km de distância, é um grande desafio. Foi preciso confirmar as inscrições, reservar acomodações, contratar uma equipe de apoio local e providenciar o transporte das viaturas. Nesse processo, duas pessoas foram essenciais: primeiro foi o Nílson que arregimentou e incentivou os participantes, fez as negociações necessárias e organizou a logística e a parte financeira. Depois, quando um contratempo impediu que o Nílson fosse para o Rally, o Adinirso assumiu o comando e foi o responsável para que tudo corresse bem durante e após o evento.   

Em nosso caso, além das atividades da equipe, fizemos uma revisão cuidadosa do carro com o competente pessoal da Distrito 4X4, compramos 4 pneus novos (Pirelli Scorpion Mud 225/70 R16) e montamos um kit de peças sobressalentes. Com um detalhe complicador, o Rally do Cerrado terminou no sábado, dia 1º de julho, e nós tínhamos que revisar o carro e levar para Goiânia para embarcar na cegonha na quarta-feira, dia 5. Foi uma correria, mas deu tudo certo.  

A equipe

Era para sermos uma equipe com 10 duplas, porém compromissos e contratempos fizeram com que ficássemos sem a companhia do Armando, do Nílson e da Diná. Assim a equipe Cerrado Rally ficou com sete duplas, sendo três na categoria Graduados e quatro na Turismo:
  • Francisco Bush/Marcos Evangelista - Troller - 102
  • Alexandre Ferreira/Marcelo Ritter - Troller - 105 
  • Lindoval "Lindão" Brito/Gustavo Brito - Pajero Full - 106
  • Fernando Ferreira/Géssica Thays - Jeep Wrangler - 204
  • Raul Perillo/Débora Luiz - Pajero TR4 R - 205
  • Rafael Teixeira/Gabriel Menezes - Troller - 206
  • Adinirso Siqueira/Guilherme Siqueira/Duda Siqueira - Pajero Full - 207
O nosso apoio mecânico foi prestado pela equipe RSC Automec, de Indaial (SC), liderada pelo João Theindl. 

Facebook RSC Automec 

Também participaram do rally os nossos amigos José Eduardo/Márcia Guerra, Olair Fagundes/Miro dos Anjos e Márcio Pereira/André "Bulita" Lenger. 

Nossa viagem

Uma parte da equipe foi de avião até Curitiba, onde a cegonha desembarcou os carros de competição. Débora e eu, como havíamos feito no Piocerá, decidimos fazer a viagem de carro convencional e aproveitar para fazer um pequeno passeio pela serra catarinense após o rally. Foi uma excelente decisão, fizemos uma viagem tranquila, no nosso ritmo, curtindo o caminho. 

Saímos de Brasília na sexta-feira no final da tarde e andamos 420 km até Uberlândia (MG). No sábado fomos até Botucatu (SP) para pegar nossos amortecedores que estavam na revisão e depois seguimos até Ribeira (SP), percorrendo mais 830 km e pegando um belo trecho de serras. Domingo, acordamos tarde, do jeito que a gente gosta, e andamos mais 130 km até Curitiba. Na segunda-feira, buscamos a TR4 R no desembarque da cegonha e a deixamos com nosso amigo Adael (Nôno Racing) que nos fez a grande gentileza de leva-la até Fraiburgo. Então, percorremos mais 380 km até chegar em Treze Tílias, uma pequena e encantadora cidade de colonização austríaca. No dia seguinte, andamos os 62 km restantes até Fraiburgo, completando 1.822 km em cinco dias no percurso de ida. O tempo seguinte foi dedicado integralmente ao rally até o sábado à noite.


No domingo, após embarcar a viatura na cegonha, saímos de Itajaí por volta das 15 horas e andamos 305 km até Bom Jardim da Serra, passando por Orleans, Lauro Muller e subindo a estonteante Serra do Rio do Rastro, passeio que estava há longo tempo em nossa lista de desejos. Foi a hora de curtirmos um visual muito bonito e um friozinho bem intenso com direito até a neve. Ficamos três dias na região, andamos 105 km, e conhecemos as cidades de São Joaquim e Urubici com suas diversas atrações.
Gostamos muito do Morro do Campestre, Morro da Igreja e da Serra do Corvo Branco. Na quarta, iniciamos o caminho de volta por caminhos alternativos com alguns trechos de terra e andamos mais 200 km até Brusque, passando pela Serra da Boa Vista e almoçando em Angelina. Quinta-feira andamos 470 km. Fomos até Curitiba buscar a mais nova integrante da equipe DKW-Vemag Brasil - a carreta reboque - e seguimos viagem até Registro (SP). Na sexta, mais 240 km e chegamos a São Paulo especialmente para ver a peça "Contos da Cidade" e a magnífica atuação da nossa querida Karine Luiz, super atriz e grande incentivadora deste blog. No domingo foi a hora de botar o pé na estrada outra vez e andamos mais 730 km até Itumbiara (GO). Segunda-feira terminamos a aventura percorrendo mais 413 km passando por Goiânia para buscar a TR4 R e voltar para casa. Na volta foram 2.463 km muito bem aproveitados. 

O rally

Largada - Foto: Victor Eleutério
A nona edição do Rally Transcatarina foi dividida em nove etapas, três a cada dia, com diversidade de pisos, médias justas e navegação muito exigente. Foram 243 equipes competindo nas modalidades de Rally de Regularidade, Passeio Radical e Adventure. Dentro do rally de regularidade foram 68 duplas, sendo 14 na categoria Master, 26 na Graduados e 28 na Turismo. 
Dia 13, quinta-feira, seguimos de Fraiburgo até Canoinhas. Sexta-feira fomos até Rio Negrinho e no sábado chegamos a Itajaí, onde ocorreu a festa de encerramento após 700 km de aventura. Sem dúvida, uma das melhores provas de rally do Brasil.

Para evitar que este post ficasse do tamanho de um livro, fiz publicações específicas para cada dia. Além disso, tem muitas informações legais no sítio do evento. www.transcatarina.com.br

Dia 0 - Prólogo


  







Transcatarina 2017 - Dia 0 Prólogo

Atividades


Os dias 11 e 12/7 foram destinados para as atividades preliminares do Rally, como a confirmação das inscrições, entrega das planilhas e camisetas, adesivagem e vistoria dos carros. 

Na terça-feira à noite, na garagem do hotel, aconteceu um churrasco de confraternização muito legal, organizada pelos competidores e equipes de apoio. Na quarta, tivemos o briefing às 10 horas da manhã, a largada promocional às 14 horas, o Prólogo às 15 e o jantar à noite no Parque da Maçã.

Alexandre/Marcelo - Foto: Organização

Para a nossa galera do Centro Oeste, foi uma grande alegria ver nosso amigo Alexandre Ferreira chegar para participar da prova. Ele teve um problema mecânico de última hora em seu Troller azul e conseguiu, com muita determinação, substituir a viatura e chegar a tempo em Fraiburgo. 





Foto: Duda Barrio
O Prólogo é um rally em miniatura, realizado em um local acessível ao público, que serve para definir a ordem de largada dos competidores. Foram 2 km de regularidade, divididos em 36 trechos para serem feitos em cerca de 4 minutos. Foi bem emocionante participar e ver o interesse do público!


Foto: Doni Castilho


E foi justamente o Alexandre e seu navegador Marcelo Ritter que conseguiram o melhor desempenho no nosso grupo de amigos, ficando com a sexta colocação na categoria Graduados, seguidos por Guerra/Márcia em 11º, Bush/Marcos em 17º, Lindão/Gustavo em 22º e Márcio/Bulita em 23º. Na Turismo, Adinirso/Guilherme ficaram em 15º, Raul/Débora em 20º, Rafael/Gabriel em 22º e Fernando/Géssica em 25º. Na Master, Olair/Miro ficaram em 13º lugar.
Foto: Doni Castilho

Nós começamos bem o trecho, mas pouco depois da metade tivemos um momento de indecisão que nos atrasou em 14 segundos, tornando impossível qualquer recuperação no pouco tempo restante. Mesmo assim, valeu como aquecimento e amostra do que viria nos dias seguintes.




Transcatarina 2017 - O antes e o depois

Transcatarina 2017 - Dia 1 Fraiburgo/Canoinhas









Transcatarina 2017 - Dia 1 Fraiburgo/Canoinhas

A prova





Frio e neblina na hora da largada mas depois o dia esquentou com as demandas do rally. Foram cerca de 230 km divididos em 3 etapas (P1-P2-P3) com duração de 8h07 e 218 PC. Dois cadernos de planilhas com 135 páginas, 725 trechos e 1.321 tulipas.  



A largada da P1 aconteceu na quinta-feira, dia 13 de julho, no Hotel Renar, em Fraiburgo, seguida por um deslocamento inicial de 1.896 metros em 10 minutos. Boa parte dos trechos navegados ocorreram em pomares de maçãs com muitos balaios e duração de 1h39. 




Após um deslocamento de 272 metros em 12 minutos começou a P2 realizada em terrenos de reflorestamento e que levou mais 2 horas até o neutro de 40 minutos para almoço na cidade de Caçador.

Um deslocamento de 39.445 metros em 40 minutos marcou o início da P3, seguido de 1h07 de navegação intensa também em fazendas de reflorestamento nas redondezas de Calmon e um deslocamento final de 2 horas até Canoinhas.

Na nossa turma, na categoria Master, Olair/Miro ficaram em 12º (12º/7º/13º). Na Graduados, Guerra/Márcia em 12º (24º/9º/10º), Márcio/Bulita em 13º (23º/7º/13º), Lindão/Gustavo ficaram em 18º (22º/10º/25º), Alexandre/Marcelo em 20º (13º/24º/14º) e Bush/Marcos em 22º (12º/25º/20º). Na Turismo, Adinirso/Guilherme em 11º (7º/25º/9º), Fernando/Géssica em 22º (15º/22º,20º), Raul/Débora em 23º (26º/20º/24º) e Rafael/Gabriel em 25º (23º/27º/22º). 

Os vencedores do dia foram Marnes Floriani/Cristian Mueller na Master (4º/3º/ 1º), Francklin Pscheidt/Fernando Torquato na Graduados (3º/2º/1º) e Lenoir Paza/Michael Masson na Turismo (1º/1º/2º). 

Nosso desempenho

Foto: Victor Eleutério

Nosso dia foi bem complicado, logo no primeiro trecho de regularidade percebemos que nosso relógio estava errado e andamos por cerca de dez minutos bastante fora do tempo até conseguirmos ajustar o cronômetro principal pelo reserva (olha a importância de um cronômetro reserva). 

Depois ficamos presos em uma subida com piso de cascalho e precisamos ser rebocados pelo carro do Fernando e da Géssica para conseguir sair. Se não fosse a solidariedade e o espírito de equipe deles nosso primeiro dia teria terminado ali mesmo. Mais tarde percebemos que o motivo do carro ter tanta dificuldade para subir foi por estar tracionando somente em duas rodas devido a algum problema mecânico. Assim, nervosos, atrasados e sem 4x4 estávamos com ingredientes suficientes para errar nos balaios... E foi o que aconteceu.  

Foto: Doni Castilho
Quando finalmente conseguimos acertar o caminho e entrar no tempo, quase no final da P1, rompeu o cabo que leva o pulso ao velocímetro e ficamos sem a medida no sensor blue, o que nos fez cometer outro erro de roteiro que nos custou três minutos. Terminamos a etapa acumulando 69.925 pontos perdidos, mas satisfeitos por ter conseguido chegar a tempo de iniciar a P2.

Dadas as circunstâncias, fizemos uma excelente segunda etapa, navegando somente com o GPS do tablet. Não cometemos nenhum erro e perdemos 1.199 pontos. Pena que isso não se repetiu na P3, pois logo no início havia um laço duplo que nós só contornamos uma vez e assim perdemos um PC. Depois, quase no final da prova tivemos outro erro e perdemos quase 4 minutos até acertar. Com isso ficamos com 32.658 pontos perdidos na etapa.

Em Canoinhas nossa equipe de apoio soldou o cabo do velocímetro e identificou a causa da falta de tração, o semi-eixo dianteiro estava quebrado. O problema é que não tínhamos essa peça para reposição. Aí mais uma vez entra em cena a solidariedade dos rallyzeiros, nosso amigo Márcio Pereira emprestou, com a maior boa-vontade, um conjunto completo de semi-eixo e homocinética e o carro ficou em forma para o dia seguinte. 

Não há palavras melhores para encerrar o dia do que o nosso 'muito obrigado" aos amigos Fernando, Géssica e Márcio!